Como encaramos o nosso trabalho?

Assente em cinco bases fundamentais para o exercício das nossas funções, seja em que contexto for:Escuta ativaEstamos presentes para ouvir atentamente as necessidades das famílias, escolas, empresas e profissionais de saúde
Autenticidade Agimos de acordo com a forma como vemos o mundo, com base no respeito, honestidade, clareza e empatia pelo outro
Paixão Adoramos o que fazemos e é (também) por isso que a dedicação e empenho estão sempre inerentes aos nossos processos
Inovação Gostamos de inovar na forma como damos resposta a quem nos procura, com base na evidência disponível, assim como, na nossa experiência e rigor
Ética Refletimos sobre o que nos propõem e concretizamos, tendo sempre em conta os princípios éticos que regem a nossa prática enquanto enfermeiras, assim como, a melhor evidência disponível para a tomada de decisão

Os modelos de enfermagem que moldam o nosso raciocínio na prática

Cuidar caracteriza a acção profissional dos enfermeiros e o foco central das suas acões.

Marie-Françoise Collière

Como explica Collière (1999),
⚕️o cuidar humano é um ato individual que cada pessoa presta a si própria quando se torna autónoma, mas o cuidado profissional é também um ato de reciprocidade que se presta às pessoas de forma transitória ou definitiva quando necessitam de ajuda para assegurar as suas necessidades vitais.
⚕️No período perinatal é comum as mulheres e famílias precisarem de apoio para cuidarem de si e do bebé em várias áreas do autocuidado de forma transitória.
⚕️Por vezes, bastam algumas orientações, por vezes, é preciso mais ajuda.
⚕️Em qualquer um dos casos, nós estamos presentes, conscientes de que cuidar e enfermagem é um cuidado profissional, para nós, centrado nas necessidades de quem nos procura.

Laurie Gottlieb

Para Gottlieb (2016),
⚕️o cuidado baseado nas forças é uma abordagem que vê a pessoa de forma holística centrando-se naquilo que a pessoa consegue fazer melhor, no que está a trabalhar e a funcionar bem, assim como nos recursos de que as pessoas dispõem e que as ajuda a lidar de forma mais eficaz com a sua vida, saúde e desafios dos cuidados de saúde.
⚕️Trabalhar com base numa parceria colaborativa com mães, pais e bebés no período perinatal de forma a potenciar as 'forças' de cada um é essencial nesta fase para que todas as necessidades da família possam ser efetivamente respondidas, mesmo quando os desafios surgem e as exigências do dia-a-dia são uma constante.
⚕️No espaço que criamos junto das famílias é este o papel que ocupamos, de enfermeiras "parceiras", que escutam, acolhem, orientam e que estão presentes, mesmo quando não estão por perto, conscientes do seu papel, do seu lugar e do que significa empírica e cientificamente passar pelo período perinatal.

Afaf Meleis

Para Meleis (2010),
⚕️o período de transição (a passagem de uma fase estável para outra) é um conceito central para a disciplina de enfermagem, uma vez que, são períodos de maior instabilidade onde os encontros das pessoas com os enfermeiros são mais prováveis. Através da ação dos enfermeiros nas fases de transição, atuando estes de forma antecipatória, de preparação para a mudança de papéis e prevenção de efeitos negativos da mudança, as pessoas podem beneficiar significativamente das suas intervenções aumentado a qualidade de vida e prevenindo a ocorrência/agudização de problemas de saúde, por exemplo.
⚕️Nesta sequência, a maternidade pode ser um dos mais exigentes períodos de transição a nível social, físico, mental e espiritual que as mulheres encontram nas suas vidas. Não basta querer ser mãe. Há que tornar-se mãe, e para isso, há que passar por um processo de transição, que pressupõe um processo mental complexo cujo grau de sucesso determina o seu bem-estar, da sua família e do seu bebé.
⚕️Enquanto enfermeiras, sabemos que podemos ter um papel ativo nesta fase, facilitando a transição para a maternidade/paternidade a todos os níveis e em diferentes áreas que podem consultar nos serviços de enfermagem que prestamos.

Todos os dias

Acompanhamento diário (2ª feira - Domingo), das 8h00 - 20h00. Em casa, online e por telefone.Apoio Telefónico à Amamentação e Saúde MentalEnf. Rita: (+351) 919 227 933Enf. Ana: (+351) 926 828 202